Cavaliers não precisam de tosa, pois o comprimento de sua pelagem é limitado. A tosa higiênica na região perianal, no entanto, é recomendada. Em locais onde faz muito calor, o Cavalier pode se beneficiar de uma tosa restrita à região da barriga, pois a principal estratégia canina para regular a temperatura corporal é a deitar em superfícies frias. Então, a redução da pelagem na barriga, permite que a pele entre em contato diretamente com o piso frio, acelerando o processo de resfriamento. Todavia, o uso de tapetes térmicos e ar-condicionado costumam ser também eficazes para oferecer conforto térmico aos cães que mantenham totalmente a sua pelagem.

Banhos não são obrigatórios e podem ser realizados conforme a necessidade. Como os Cavaliers são cães que geralmente dormem na cama da família, indicamos banhos quinzenais. Já a escovação semanal ou quinzenal é obrigatória para controlar a queda de pêlos e fazer a retirada de eventuais nós que, por ventura, apareçam. Cavaliers que permanecem muitas semanas sem escovação podem sofrer com emaranhados difíceis de desfazer. Se você não faz questão de um cão sempre perfumado, a escovação é suficiente para manter o seu cão limpo.

Em ambientes urbanos é difícil encontrar locais apropriados para um passeio de qualidade. A concentração demográfica nas cidades dificulta o processo de socialização e muitas vezes, o que deveria ser um passeio tranquilo, se torna um verdadeiro show de horrores. É muito comum durante os passeios em ambientes urbanos encontrar cães invasivos e até agressivos. Então, é importante que no início, enquanto o seu cão ainda é filhote, ele seja apresentado ao mundo externo de forma gradual e tranquila.

Cães costumam ficar apreensivos e desconectados de seus donos durante os primeiros passeios. Eles ficam desconfortáveis com tantos estímulos diferentes, por isso precisam farejar e explorar o ambiente a fim de processar todas as informações. Sendo assim, oferecer um local calmo e pouco frequentado (por cães ou pessoas) vai facilitar bastante, pois não haverá tanta informação para o seu filhote processar. Desse modo, ele irá se conectar com você mais rapidamente, atendendo ao seu chamado e procurando manter-se ao seu lado.

Tenha em mente que é difícil para um cão lidar com o ambiente urbano. Por isso,  o ideal é que antes mesmo de adquirir o seu filhote, você faça uma pesquisa para encontrar e definir locais muito pouco frequentados. Assim, você conseguirá introduzir e ter sucesso no processo de ambientação e socialização do seu filhote, pois será muito mais fácil construir um vínculo forte e treinar habilidades importantes com ele. Isso fará toda a diferença mais na frente, mesmo em situações bem complexas, e ajudará seu cão a andar ao seu lado confiante, respondendo bem ao seu chamado.

Em nossas redes sociais compartilhamos muitas dicas e estaremos ao seu lado, durante toda a vida do seu filhote, para te ajudar a construir passeios agradáveis.

A castração é um tema controverso na medicina veterinária. Aqui no Lazúli nós acreditamos que qualquer intervenção cirúrgica precisa ser avaliada individualmente, ponderando o contexto dos riscos e os benefícios do procedimento.

De um modo geral, somos contra a castração indiscriminada. Os riscos de uma anestesia, as restrições impostas ao cão durante o perído pós-cirúrgico e o desequilíbrio hormonal provovado pela retirada dos órgão sexuais são fatores que não devem ser negligenciados.

É muito comum que a castração seja indicada para evitar comportamento territorialista nos machos e para evitar piometria nas fêmeas, porém esses temas estão longe de um encontrar um consenso no meio científico.

Há muitos prós e contras a serem avaliados. Por exemplo, não há evidência de que a castração dos machos, mesmo que precoce, anule o territorialismo. E de fato, você não encontrará nenhum médico veterinário que lhe ofereça alguma garantia de que o seu cão castrado se tornará manso e/ou deixará de marcar território com o xixi. Em relação as fêmeas, a retirada do órgão feminino de fato previne a piometria, mas coloca a cadela em outros riscos, como incontinencia urinária e cistite.

Há também evidências de que a castração aumenta o risco de displasia de quadril e luxação de patela, além de alguns tipos de câncer nas glândulas endócrinas, que ficam sobrecarregas para compensar ausência da fonte de hormônios sexuais.

Então, acreditamos que a castração é primordialmente um procedimento destinado ao controle populacional de cães e, para essa finalidade, não deve ser realizada  precocemente, antes dos 2 anos de idade. È importante aguardar que o cão esteja plenamente desenvolvido, pois os hormônios sexuais possuem um papel muito importante durante a puberdade.

A indicação da castração para outras finalidades deve ser avaliada individualmente, caso-a-caso, sempre ponderando a avaliação dos riscos e dos benefícios.