Saúde Cardíaca

A principal doença cardíaca dos Cavaliers é a Insuficiência Cardíaca decorrente da Degeneração da Valva Mitral. Em poucas palavras, essa condição ocorre quando a válvula que regula o fluxo do sangue perde sua eficácia, acumulando dentro do coração o sangue que deveria ser bombeado para fora. Com o passar do tempo, ocorre dilatação e flacidez dos músculos cardíacos, reduzindo a sua capacidade e levando à insuficiência cardíaca.

Prevalência

Apesar dessa doença ter uma prevalência bastante alta em todos as raças de cães (inclusive os SRDs) nos Cavaliers ela é ainda mais frequente e aparece mais precocemente. A gravidade da condição está principalmente correlacionada a precocidade, pois os sintomas progridem com o passar do tempo.

Estima-se que 50% dos Cavaliers apresentem algum sinal da doença aos 5 anos de idade. E que 10% apresentem os primeiros sinais da doença antes mesmo de completar 1 ano de idade.

O que o criador pode fazer para melhorar a saúde cardiáca dos cavaliers?

O desenvolvimento da doença é bastante conhecido, contudo a sua causa ainda permanece um mistério. Apesar disso, a comunidade científica internacional está engajada há décadas para criar ferramentas que controlem sua incidência e reduzam a sua gravidade. Atualmente as ferramentas mais promissoras são o protocolo.

Teste do Gene NEBL3

Os esforços para o sequenciamento genético identificaram alguns genes potencialmente relacionados a saúde cardíaca e atualmente, ainda de modo experimental, esta disponível o teste para identificação do gene NEBL3. Espera-se que daqui a alguns anos seja possível confirmar a sua eficácia como ferramenta de seleção de reprodutores aptos a melhorar a saúde da raça.

Protocolo de seleção de reprodutores com eficácia comprovada

Felizmente, hoje dispomos de um protocolo de seleção de reprodutores voltado ao para melhoramento da saúde cardíaca dos cavaliers. Desenvolvido desde a década de 1990, esse protocolo teve sua eficácia comprovada por um time de cardiologistas dinamarqueses liderados pelo Dr. Olsen e Dr. Häggström. Eles demonstraram que a adoção do protocolo reduziu em 73% o risco de desenvolver insuficiência cardíaca. Nesse estudo foram avaliados 997 Cavaliers, comparando-se os cães provinientes de linhagens que seguem o protocolo com as que não o seguem. O protocolo consiste não reproduzir cães que apresentem insuficiência cardíaca e só reproduzir cães a partir de 18 meses de idade, sem sinais de degeneração da valva mitral no exame de eco-dopler-cardiograma.

Aqui no Lazúli, levamos à sério à saúde da raça, então adotamos essas duas ferramentas, pois acreditamos que é responsabilidade do criador de cães investir recursos para melhorar a saúde da raça e auxiliar as pesquisas que compartilham este objetivo.

Importante: esteja atento para não financiar criadores negligentes

Não podemos deixar de mencionar que de um modo geral, a situação da saúde cardíaca dos Cavaliers é bastante delicada. Isso levou, inclusive, à proibição da criação da raça na Noruega. O maior problema é a falta de compromisso dos criadores com a saúde da raça. Até mesmo em países como EUA, Inglaterra e demais países europeus, são poucos os criadores comprometidos a investir recursos para melhorar esse quadro. A grande maioria dos criadores não segue nenhuma diretriz científica.

No Brasil, a situação não é diferente. Infelizmente, 25 anos já se passaram desde que os primeiros protocolos de combate a doença surgiram... são mais de 10 gerações desperdiçadas. O exame exigido pelo protocolo de controle da Degeneração da Valva Mitral possui baixo custo (cerca de R$500) e já está amplamente ofertado em todas as capitais do país. Se houvesse mais adesão, a realidade da saúde cardíaca dos cavaliers seria bem melhor.

Ausculta não é eficaz para diagnosticar nem para reduzir a incidência da doença

É importante ressaltar que a simples ausculta não é um método preciso para determinar a presença de degeneração das valvas cardíacas. Hoje, é consenso no meio científico que há uma parcela relevante de casos em que há presença de regugirtação e falha na valva mitral, sem a presença de sopros audíveis na ausculta. Além disso, estudos demonstram que programas de criação baseados apenas na ausculta cardiáca são ineficazes para reduzir a incidência de casos graves ao longo do tempo.

Por esses motivos, o ecocardiograma é o exame de referência para diagnosticar a saúde do coração e o único exame recomendado pelo protocolo dinamarquês para selecionar um cão reprodutor. Por isso, os cavaliers Lazúli só são reproduzidos após serem avaliados por um cardiologista, através de um eco-cardiograma com doppler.

Saúde Neurológica

A principal doença neurológica que acomete os Cavaliers é a Seringomielia secundária à Má-Formação de Chiari. Em poucas palavras, o termo Seringomielia consiste na dilatação do canal central da medula (por onde passa o líquor). Essa dilatação é sempre secundária e também pode ser causada por infecções, tumores e traumas, porém nos Cavaliers está estatisticamente relacionada à Má-Formação de Chiari.

A Má-Formação de Chiari é provocada pelo aumento da pressão intracraniana e se caracteriza por uma série de mecanismos compensatórios que alteram a anatomia do crânio e do encéfalo.

Em sua forma mais grave, a Seringomielia provoca lesões na medula que provocam dor, paresia e paralisia, impactando gravemente a qualidade de vida do cão. Ela passou desapercebida por décadas e só foi descoberta no final da década de 90, após a intrudução da ressonância magnética na medicina veterinária.

Prevalência

Essa doença é rara na maioria dos cães, mas aparece com frequência relevante em Chihuahuas, Spitz Alemães, Pugs, Yorkshires e Griffons de Bruxellas. Os Cavaliers aparecem como a raça mais afetada.

Estima-se que 25% dos Cavaliers desenvolvem Seringomielia entre 1 e 3 anos de idade. A incidência cresce junto com a idade e a gravidade dos sintomas estão associadas à precocidade da condição, pois os sintomas progridem com o passar do tempo.

Entenda melhor a Má-Formação Semelhante à Chiari

Até agora, os estudos indicam, com elevada segurança, que a presença de Seringomielia nos Cavaliers está estatisticamente associada à Má-Formação de Chiari.

Por sua vez, a Má-Formação de Chiari permanece um mistério, muito embora tenham surgidos numerosos insights na última década sobre o que pode causá-la e qual o mecanismo das alterações que provoca no organismo do cão. O fator mais estudado é também o mais obviamente revelado nos exames de imagens: a herniação do cerebelo bloqueando o forame magno. Porém, há evidências crescentes de que essa é apenas uma ponta do iceberg, pois outras alterações anatômicas têm sido associadas à condição.

Causas e alterações presentes na Má-Formação de Chiari [inserir imagem 1 da má-formação] As hipóteses para sua causa propõem que a condição surge devido à calcificação precoce das placas cranianas e/ou anomalias nos processos de desenvolvimento embrionário mediados pela Crista Neural Mesênquima, que levariam a uma desproporção do crescimento do cerebelo e da região occipital que o abriga no crânio. Por isso, a maioria dos meios de divulgação científica afirmam que a Má-Formação Semelhante à Chiari ocorre porque os Cavaliers possuem um encéfalo muito grande em relação ao tamanho do crânio, porém isso ainda não está confirmado.

Anatomia da condição é extremamente complexa [inserir imagem 2 e 3 da má-formação] Em um primeiro momento, acreditava-se que o tamanho do cerebelo do cavalier em relação a outras raças seria proporcionalmente maior do que o volume suportado pelo seu crânio. A principal hipótese para esse fenômeno seria o fechamento precoce das placas cranianas em cavaliers, decorrentes de uma anomalia de desenvolvimento ainda na fase embrionária.

Porém, um estudo alemão de 2011 desafiou essas hipóteses, quando comparou o volume do cerebelo do cavalier com cães da raça bulldog. Esse estudo constatou que ambas as raças possuem a mesma proporção de volume entre o crânio e cerebelo, sugerindo que há algum fator desconhecido no mecanismo que provoca a Má-Formação Semelhante à Chiari. Afinal, se o volume do encéfalo das duas raças é equivalente, a incidência da condição deveria ser também equivalente nas duas raças. Contudo a incidência em bulldogs é bastante rara. Portanto, tudo leva a crer que o mecanismo e a gênese da Má-Formação Semelhante à Chiari são extremamente complexos e ainda não estão totalmente esclarecidos.

Resultados das pesquisas mais recentes

Ademais, os pesquisadores têm atualizado crescentemente a descrição da má-formação, pois à medida que mais estudos são realizados, vêm sendo constatados outros padrões anatômicos, para além daqueles já bem conhecidos no cerebelo e na região occipital do crânio.

Os estudos encontraram uma prevalência relevante de anormalidades venosas que provocam redução na drenagem linfática e venosa, bem como diversas outras anormalidades anatômicas no stop (ângulo onde o nariz e o crânio se encontram), na concavidade do prosencéfalo, na rotação do bulbo-ofatório, entre outros. Sendo assim, apesar de todo esforço que vem sendo empreendido e dos valiosos insights produzidos, ainda não foi possível estabelecer uma causa direta e inquestionável entre alterações anatômicas do crânio e do encéfalo, a Má-Formação Semelhante à Chiari e a Seringomielia.

O que o criador pode fazer para melhorar a saúde neurológica da raça?

A Seringomielia só pode ser diagnosticada através de Ressonância Magnética. Outros exames de imagem como ultrassom, tomografia ou raio-X não são capazes de realizar o seu diagnóstico. Infelizmente, a ressonância magnética veterinária é um exame caro, que nos cães só pode ser realizado com sedação (o custo para o exame gira em torno de R$5.000). Ainda é muito difícil encontrar criadores que estejam dispostos a investir recursos para adotar o protocolo que combate a ocorrência dessa terrível doença na raça.

Protocolo de seleção de reprodutores com eficâcia comprovada

Um grupo de neurologistas dedicados, advindos de cinco países, aprimorou e aprovou em 2006, durante uma conferência na Inglaterra, um protocolo de seleção desenvolvido pela dupla de pesquisadoras inglesas, Dr. Claire Rusbridge e Dr. Susan Knowler, com diretrizes que auxiliam os criadores à selecionar e cruzar os reprodutores, com o objetivo de combater a frequência de casos graves de Seringomielia.

Em 2011 a eficácia do protocolo foi comprovada pelo Colégio Europeu de Neurologia Veterinária através de um estudo que analisou 643 cavaliers. Foi constatado que 71,5% dos filhotes cujos pais confirmaram estar livres de seringomielia através de ressonância magnética, também estavam livres de seringomielia. Enquanto 96% dos filhotes cujos pais possuíam o diagnóstico de seringomielia apresentaram o mesmo diagnóstico. Isso significa que as estratégias de reprodução, baseadas no exame de ressonância magnética possuem grande potencial para a redução da ocorrência desta doença na raça.

Outro estudo holandês mais recente, de 2024, analisou 2.125 cavaliers nascidos entre 1998 e 2021 a fim de avaliar o efeito da adoção do protocolo de reprodução, no longo prazo. O resultado constatou que os cães submetidos ao protocolo possuem 3x menos chance de desenvolver seringomielia. O mesmo estudo também constatou que a adoção do protocolo reduziu em 11% a prevalência de seringomielia no período estudado.

Em consonância com o protocolo de Dr. Claire Rusbridge e Dr. Susan Knowler, todos os nossos cavaliers são avaliados por um neurologista e examinados através de ressonância magnética do crânio e da cervical. Cães que apresentam seringomielia antes de 1 ano de idade não entram para o time de reprodutores.

Importante: esteja atento para não financiar criadores negligentes

Não podemos perder de vista, que há uma predisposição a essa doença devido a uma má-formação do crânio presente nos Cavaliers, conhecida como Má-Formação Semelhante à Chiari. Os estudos mais conservadores indicam que pelo menos 50% dos Cavaliers apresentam essa má-formação entre 1 e 3 anos de idade. Isso nos coloca numa situação de alto risco, pois há um enorme potencial para que os casos graves venham a se tornar mais frequentes na raça. Já se passaram quase 20 anos desde a criação do protocolo e ainda é raro encontrar criadores investindo recursos para adotá-lo. Já se passaram 10 gerações que poderiam ter sido trabalhadas para a melhoria genética da raça.

Na nossa cidade, ainda não há equipamento de ressonância magnética veterinária, mas isso não é um impedimento para nós. Fazemos questão de investir os recursos necessários e viajamos até São Paulo para cumprir a nossa responsabilidade com a melhoria da saúde da raça que amamos.

Ressonância Magnética é indispensável para seleção de reprodutores

É importante ressaltar que casos graves de seringomielia ainda são raros, mas casos subclínicos são muito frequentes. Uma parcela relevante dos cavaliers desenvolvem seringomielia sem manifestar nenhum sintoma. Por isso, reproduzir Cavaliers sem realizar o exame de ressonância aumenta o risco de que a Seringomielia se estabeleça na raça em sua forma grave.

Por isso, é de extrema importância que sejam adotadas todas as ferramentas disponíveis para impedir que essa terrível doença se estabeleça na raça. Trata-se de uma doença muito séria, que afeta gravemente a qualidade de vida dos cães acometidos. Não devemos aguardar até que a situação seja irreversível. É necessário agir agora.

Saúde Ortopédica

Os Cavaliers possui duas doenças ortopédicas relevantes, são elas a luxação de patela e a displasia coxofemural.

Luxação de Patela

A luxação de patela atinge cerca de 20% dos cães de porte pequeno. Nos Cavaliers essa incidência é de 16% à 20%. Poucos criadores efetuam esse controle, apesar de seu baixo custo (cerca de R$500). Esse problema consiste no deslocamento da patela, em relação a tróclea femural (seu local de estabilidade na extremidade do fêmur, conhecido como trilho da patela). Com o tempo, esses deslocamentos desgastam a tróclea femural, ocasionando uma artrite crônica, que prejudica a mobilidade do cão.

O primeiro episódio de luxação patelar nos cães ocorre geralmente antes dos 2 anos de idade, como consequência de algum trauma, e posteriormente ocorrem de forma reicidiva sem motivo aparente. Porém, há consenso na comunidade científica de que a grande maioria dos casos de luxação de patela tem forte predisposição genética, pois ocorre em situações triviais, sem traumas intensos.
Os estudos demonstram que a condição está fortemente associada a anomalias anatômicos como frouxidão dos ligamentos, má-formação da tróclea femural (displasia patelar) e desequilíbrio de força entre os músculos que atuam na movimentação e flexão dos membros traseiros.
Quanto maior a incidência dessas anomalias, menor a intensidade do trauma exigido para que a luxação aconteça. Desse modo, um cão anatomicamente predisposto sofrerá uma luxação até mesmo em situações simples como descer degraus ou durante uma brincadeira de correr. Enquanto cães anatomicamente melhor estruturados sofrerão luxações somente durante um treinamento exaustivo de agility ou canicross.

Displasia Coxofemural

De modo semelhante à luxação de patela, a Displasia Coxofemural está fortemente associada a fatores anatômicos como má-formação do quadril, frouxidão dos ligamentos e desequilíbrio de força entre os músculos que atuam na região. Essa condição provoca o desgaste das articulações do quadril, levando a uma artrite crônica, ocasionando dor e claudicação.

A sua incidência entre os cães de pequeno porte é bastante subvalorizada, pois historicamente a displasia coxofemural é conhecida como um problema relativo aos cães de grande porte. Contudo, na última década, essa condição se tornou um problema extremamente preocupante em várias raças de porte pequeno. Pugs e Bulldogs Franceses são enormemente afetados com uma incidência enorme (respectivamente 66% e 33%). Nos Cavaliers a incidência é alta, atualmente em torno de 15%-20%. Apesar disso, no Brasil raríssimos criadores efetuam esse controle, muito embora o seu custo seja baixo (cerca de R$500).

Protocolo de seleção com eficácia comprovada

Os protocolos para seleção de reprodutores elaborados pela entidade inglesa OFA - Fundação Ortopédica de Animais são amplamente reconhecidos e validados internacionalmente. Criado na década de 1980, o protocolo de controle da displasia coxofemural permitiu a redução da sua incidência (que nos anos 1960 variava entre 20%-30%) para atuais 10% nos programas de criação de várias raças de porte grande historicamente afetadas. Já em relação a luxação de patela, permitiu reduzir a sua incidência nos Cavaliers submetidos ao controle, para uma incidência inferior a 2%.

Saúde Metabólica

A principal doença metabólica prevalente nos Cavaliers é a Deficiência da enzima acil-CoA Desidrogenase de Cadeia Média (MCADD). A ausência dessa enzima impede o corpo do cão de converter certas gorduras em energia, principalmente durante períodos de jejum ou aumento de demandas metabólicas. Cães afetados também não conseguem converter gordura corporal em energia quando seus corpos ficam sem glicose e, como resultado, eles podem sofrer hipoglicemia, disfunções do sistema nervoso central, coma e morte súbita.

Os estudos estimam que cerca de 10% dos cavaliers são afetados por esta deficiência e mais da metade carregam o gene responsável pela condição. Desde 2018, o teste genético que identifica o gene responsável pela doença é oferecido e a herdabilidade da condição é simples e previsível. Por isso, aqui no Lazúli, todos os nossos cães são testados geneticamente para essa condição e os cruzamenos são planejados de modo a evitar que nossos filhotes sejam afetados.

Testes Genéticos

Aqui no Lazúli realizamos TODOS os testes genéticos disponíveis no mercado. Tratam-se de condições de saúde pouco prevalentes (incidência inferior a 5%), mas que podem afetar seriamente a qualidade de vida dos cavaliers. Como possuem herdabilidade genética conhecida e testes genéticos disponíveis, a prevalência dessas doenças é facilmente controlada.

Mielopatia degenerativa: condição neurológica congênita que provoca a compressão da medula, provocando fraqueza progressiva dos músculos, perda de coordenação motora, claudicação, dor e paralisia dos membros. ◦ Condrodistrofia degenerativa: condição ortopédica congênita que afeta o desenvolvimento osteomuscular, provocando deformidades que tornam o cão suscetível a degeneração dos discos vertebrais. Pode ocasionar fraqueza progressiva dos músculos, perda de coordenação motora, claudicação, dor e paralisia dos membros. ◦ Síndrome do Olho Seco e Pêlo Encaracolado: condição dermatológica que provoca lacrimação excessiva, dermatite seborréica severa e inflamação severa das unhas. ◦ Síndrome da Queda Episódica: condição neurológica que provoca contrações involuntárias, semelhantes a espasmos e convulsões.

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